Jornal ÉME – Luanda – 20.07.23 – Povo Angolano! Camaradas e Compatriotas!
O MPLA como Partido fundador da Nação e defensor intrépido da Constituição da República e dos princípios e valores em que assentam os pilares da democracia e da participação popular, tem vindo a acompanhar a estratégia definida pelo principal partido da oposição – a UNITA – relativamente à tomada do poder fora do quadro institucional e formal, em total desrespeito pelo Povo Angolano e pela sua vontade soberana, manifestada a 24 de agosto de 2022, ao depositar no MPLA e no seu Líder, o Camarada Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, a confiança para a condução dos destinos da Nação no mandato 2022 – 2027.
A estratégia de criação de um clima de instabilidade institucional, há muito denunciada, tem vindo a ser aplicada com recurso permanente ao descrédito das instituições do estado e à tentativa de criar um quadro político que justifique a sublevação popular e a ascenção da UNITA ao exercício do poder, sem a necessária legitimação democrática, sabendo ela que essa será a única via para algum dia ser poder em angola, tendo alguns dos seus dirigentes, de topo, noção clara de que a insurreição armada do passado pode agora ser travestida de uma eventual insurreição popular, como têm apregoado nas diversas localidades por onde têm passado.
Depois do povo angolano ter cumprido com o seu poder soberano e escolhido, livremente, quem deve exercer o poder político em Angola, dando, uma vez mais, o seu voto de confiança ao MPLA e ao Camarada Presidente João Lourenço, a UNITA sentiu, de forma profunda, o facto da sua oportunidade de ser poder ter sido adiada por mais cinco anos e não hesitou em criar um conjunto de suspeitas, para alicerçar o argumento da ilegitimidade da vitória, com o propósito único de impedir o livre exercício do poder pelo MPLA.
A UNITA nunca teve a coragem de assumir que o MPLA saiu vitorioso em 143 dos 164 municípios do País e que, em 10 províncias, o MPLA venceu em todos os municípios, nomeadamente no Bié, no Huambo, na Huíla, no Namibe, no Cunene, no Moxico, na Lunda Sul, no Kuanza Norte, no Cuando Cubango e em Malange. Esta é a verdade nua e crua.
Povo Angolano! Camaradas e Compatriotas!
O Povo Angolano, conhecedor do passado recente e da actual estratégia da UNITA, jamais se disponibilizará para a criação de situações que perturbem a paz social, a harmonia e a estabilidade conquistadas e que nos permitem conviver na diferença e na diversidade.
Esta acção protagonizada no sentido de destituir o Presidente da República, sem factos que encontrem fundamento respaldado na Constituição só é possível ser criada por uma organização política que consciente da sua notória e cada vez mais evidente incapacidade de conviver numa sociedade democrática e pluralista, não hesita em provocar um ambiente institucional contrário ao que o MPLA, através do seu Grupo Parlamentar, proclamou ainda há poucos dias, no sentido de um maior diálogo e inclusão no debate político.
Convém esclarecer ao Povo Angolano que a própria direcção da UNITA que saudou a iniciativa de diálogo apresentada pelo Grupo Parlamentar do MPLA e que, em face disso apresentou uma proposta de agenda de diálogo, vem, com o seu pronunciamento, acabado de tornar público, demonstrar uma total ausência de seriedade, de sentido de estado e de disponibilidade para a sã e harmoniosa convivência institucional.
Com esse comportamento, irresponsável e antidemocrático, a UNITA indicia que pretende assumir uma atitude de ruptura com o diálogo institucional, sobretudo em sede da Assembleia Nacional.
Povo Angolano! Camaradas e Compatriotas!
Face à realidade constatada, à gravidade das acusações e dos actos que têm vindo a ser protagonizados, de forma irresponsável, pela UNITA, contra o Presidente Da República, Chefe de Estado, Titular do Poder Executivo e Comandante-em-Chefe Das Forças Armadas Angolanas, o Bureau Político do MPLA, orienta o seu Grupo Parlamentar, a tomar todas as providências para que o Parlamento Angolano não venha a ser instrumentalizado para a concretização de desígnios assentes numa clara agenda subversiva, imatura e de total irresponsabilidade política.
O Bureau Político do MPLA apela a todos os cidadãos angolanos a manter a serenidade, a coesão e o respeito pela diferença e exorta os seus militantes, amigos e simpatizantes a manterem um alto sentido de vigilância e cerrar fileiras em torno da firme liderança do Camarada Presidente João Lourenço.
MPLA – Paz, Trabalho e Liberdade
A Luta Continua
A Vitória É Certa
Luanda, 20 de Julho de 2023.
O Bureau Político do MPLA